Comprar imóvel na planta: o que pode dar errado e como transformar risco em oportunidade
- Perin Advocacia

- 17 de set.
- 3 min de leitura

Comprar um imóvel na planta costuma ser o sonho de muita gente: preço mais acessível, possibilidade de escolher acabamentos, valorização ao longo da obra e a sensação de estar conquistando algo “do zero”. Mas, como em qualquer investimento, existem riscos que precisam ser considerados.
A boa notícia é que, com informação e cautela, esses riscos podem ser minimizados — e se tudo correr bem, o retorno financeiro e pessoal pode ser excelente.
O que pode dar errado na compra de um imóvel na planta
Atraso na entrega da obra: Um dos problemas mais comuns é o atraso na entrega. Apesar de os contratos preverem um prazo adicional de tolerância (geralmente até 180 dias), muitas vezes a obra extrapola esse período. Isso pode atrapalhar o planejamento financeiro de quem precisa do imóvel para morar ou alugar.
Problemas de qualidade ou vícios construtivos: Após a entrega, é possível encontrar problemas estruturais ou de acabamento. Portas empenadas, infiltrações e pisos mal colocados são exemplos comuns.
Insolvência da construtora/incorporadora: Se a construtora enfrentar dificuldades financeiras ou até falência, o comprador pode ficar no meio do caminho, com o dinheiro investido e a obra parada.
Desvalorização do imóvel: Embora a expectativa seja de valorização, existem situações em que o imóvel não se valoriza como esperado. Isso pode acontecer, por exemplo, se a região não se desenvolver conforme o prometido.
Cláusulas abusivas no contrato: Muitos compradores não leem atentamente o contrato e acabam aceitando condições desvantajosas, como multas desproporcionais ou falta de clareza sobre prazos.
Como evitar problemas ao comprar imóvel na planta
Pesquise a construtora: Verifique o histórico da empresa: outras obras entregues, processos judiciais, reputação no mercado local e órgãos como Procon.
Leia o contrato com atenção: O contrato deve conter prazo de entrega, especificações do imóvel, condições de pagamento e direitos em caso de atraso. Se possível, consulte um advogado especializado em direito imobiliário para analisar antes da assinatura.
Visite o terreno e a região: Conheça onde o imóvel será construído e avalie a infraestrutura local (transporte, comércio, escolas, segurança).
Acompanhe a obra: Muitas construtoras disponibilizam relatórios e fotos periódicas. Acompanhar o andamento ajuda a identificar atrasos ou problemas ainda durante a construção.
Verifique o patrimônio de afetação: Esse mecanismo protege o dinheiro dos compradores em caso de falência da construtora, garantindo que os recursos sejam usados exclusivamente na obra daquele empreendimento.
E se tudo der certo?
É aqui que mora o grande atrativo do imóvel na planta: o potencial de valorização.
Durante a obra, o valor tende a subir gradualmente, já que o comprador adquire pelo preço inicial (geralmente mais baixo) e o imóvel é entregue pronto, muitas vezes valendo significativamente mais.
Quem compra para investir pode revender com lucro ou alugar e ter uma renda mensal.
Para quem compra para morar, ainda há o benefício de personalizar parte do imóvel, deixando-o mais próximo do seu gosto.
Conclusão
Comprar um imóvel na planta é, sim, um passo importante e pode ser um excelente investimento — mas não deve ser feito no impulso. Conhecer os riscos, analisar o contrato e pesquisar a construtora são atitudes essenciais para transformar esse sonho em realidade sem dores de cabeça.
Com planejamento, informação e acompanhamento, as chances de sucesso são grandes, e o ganho patrimonial pode ser muito compensador, mas você precisa fazer seu dever de casa buscando orientação profissional e acompanhando periodicamente a evolução da obra.
Leia também: Quais são as responsabilidades das administradoras de imóveis na gestão de aluguéis? ou Monitoramento do COAF sobre Operações Imobiliárias
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